Desde a última segunda-feira (11), os motoristas que circulam pelas ruas e avenidas de São Paulo podem utilizar aplicativos de celular para fazer o pagamento da Zona Azul e estacionar em uma das quase 40 mil vagas rotativas espalhadas pela cidade.
A novidade, vista como positiva, deve coibir o comércio de talões falsificados e cobranças irregulares acima da tabela, praticadas por flanelinhas. A CET estima que, somente em 2015, o município perdeu mais de R$ 58 milhões em arrecadação por conta das fraudes.
Outra vantagem do pagamento digital é a possibilidade de ficar mais tempo na vaga do que o planejado inicialmente, fazendo um simples ajuste pelo aplicativo. Ou seja, sem a necessidade de se deslocar até o carro para colocar uma nova folha no painel do veículo.
Embora a implantação da nova tecnologia seja considerada um avanço, especialmente por seu caráter prático e dinâmico, seria importante que a prefeitura complementasse a medida disponibilizando mais vagas de carga e descarga. Atualmente há apenas 1.509 vagas para a realização desse tipo de serviço na capital. O número representa 3,87% do total de vagas de Zona Azul da cidade.
Para o setor de transportes de carga os benefícios seriam diretos, bem como para a população paulistana, já que o aumento de vagas para veículos de carga ajudaria a melhorar o trânsito da cidade, visto que o caminhão que faz entrega de maneira rápida não precisa parar em locais irregulares e, consequentemente, atrapalhar o fluxo de carros.
Recentemente, na 30ª edição do Fórum Paulista do Transporte, evento realizado no SETCESP, foi lançada a proposta de se ter um aplicativo para localização de vagas para carga e descarga. Se acompanhada de outras iniciativas, como o aumento de vagas para carga e descarga, haveria maior equilíbrio no abastecimento de São Paulo, transformando mais uma vez a logística de cargas aliada da mobilidade urbana.
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