Dos caminhões que circulam pelas ruas e estradas do país, nada menos do que 230 mil têm mais de 30 anos de uso. E mais de 400 mil caminhões com capacidade para transportar de 8 a 29 toneladas têm, em média, idade superior a 20 anos. São modelos que, por terem a tecnologia ultrapassada, acabam poluindo mais a atmosfera.
Esses números justificam a instituição de políticas públicas para estimular a renovação da frota de caminhões. O objetivo dessas medidas seria reduzir gradualmente a idade média da frota até níveis comparáveis com os de países mais desenvolvidos e aumentar a eficiência e a segurança do sistema de transporte rodoviário de carga. Estimativa da Confederação Nacional do Transporte aponta que a renovação da frota poderia diminuir em 10% o consumo de combustíveis.
Outro importante ganho proveniente da renovação da frota seria a expectativa da geração de empregos em toda a cadeia produtiva, fator que daria maior liquidez ao mercado e ajudaria na recuperação do setor automotivo, com queda de 26,6% nos emplacamentos em 2015. Além disso, a adoção de um programa de renovação de frotas incentivaria os proprietários de veículos velhos a deixarem seus automóveis em uma rede autorizada de unidades de reciclagem para receberem em troca, uma carta de crédito para abater no valor de compra de caminhões novos ou seminovos.
Em um momento onde se discutem estratégias para se reduzir os impactos ambientais e melhorar a qualidade do ar, e, também, elevar a capacidade produtiva industrial, a consolidação de uma frota mais jovem em circulação no país deve ser entendida como uma questão de prioridade pública.
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