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03 de Junho de 2016 – 03h33 horas / Luiz Marins

Não resisti a tentação de reenviar um texto escrito em setembro de 1995 para o então Fax Motivação & Sucesso, enviado aos nossos assinantes via fax. O texto é autoexplicativo e peço hoje a sua reflexão embora já se tenham passados 21 anos.

 

“Estou escrevendo este fax de Tóquio onde vim participar de um trabalho na Universidade das Nações Unidas (United Nations University – UNU – da ONU). A discussão principal que estamos tendo é justamente a do grande flagelo do final deste século: o desemprego. A Espanha tem hoje 25% de desempregados (um trabalhador desempregado em cada quatro). A Alemanha na virada do século terá 33% de desemprego (um trabalhador desempregado em cada três). A França vem enfrentando o mesmo problema. A nossa vizinha Argentina já está batendo nos 20% de desempregados! A discussão que estamos tendo é: O que fazer?

 

Várias propostas vêm sendo discutidas por estudiosos, sociólogos, antropólogos e consultores do mundo inteiro. Uma das mais interessantes é a que propõe “meio-período” para todos. Principalmente no primeiro mundo, a situação está e será tão grave que essa proposta diz que a única solução viável será a de diminuirmos drasticamente a jornada de trabalho juntamente, é claro, com a diminuição dos salários proporcionalmente e com governos criando sistemas de compensação social para cobrir parte dos ganhos que serão eliminados de cada trabalhador. O argumento é que o problema social do desemprego será tão grave que não caberá mais a indivíduos senão a de participar da sua solução juntamente com governos.

 

Outra proposta, de mais fácil execução e que sem dúvida deveremos adotar em todo o mundo e principalmente no Brasil é a chamada “desoneração” do trabalho, ou seja, diminuirmos drasticamente os encargos fiscais das folhas de pagamento como forma de incentivo ao emprego do maior número de pessoas. Essa redução, para ser possível, também terá que ser muito grande. E os empregadores (grandes, médias e pequenas empresas) terão grande incentivo para que contratem pessoas. Os governos, por sua vez, estão revendo e tentando reintroduzir uma teoria chamada de “neo-keynesiana” onde grandes contingentes de pessoas seriam contratadas temporariamente para realizar obras e serviços públicos, nem sempre essenciais, mas com o intuito principal de criar empregos e riqueza.

 

Nesta semana, gostaria que você, empresário ou executivo ou mesmo empregado brasileiro, pensasse em formas alternativas para combater esse flagelo do final do século. É preciso que todas as pessoas conscientes comecem a pensar, seriamente, em formas criativas e urgentes de geração de emprego, levando em consideração que a tecnologia irá desenvolver-se cada vez mais e a produtividade seguirá o mesmo ritmo de crescimento.

 

Pense nisso. Sucesso!”

 

O que me faz reproduzir este texto de 1995 é mostrar que o problema do desemprego continua sem solução no mundo contemporâneo e se não o enfrentarmos com inteligência e vontade e, principalmente, com criatividade e sem medo de enfrentar privilégios estabelecidos e ideias que tem se mostrado ineficientes, esse flagelo continuará nos assolando.

 

Pense nisso. Sucesso!


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