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14 de Agosto de 2015 – 05h39 horas / Luiz Marins

Conheço administradores, públicos e da iniciativa privada, que têm como característica principal não fazer e não deixar fazer. Além de não fazerem, não deixam fazer. Colocam dificuldades, empecilhos, motivos esdrúxulos, enfim toda forma de desculpa para não fazer e impedir os que querem fazer de agir. São administradores paralisados e paralisantes. Tudo impedem, tudo acham melhor esperar, tudo postergam, para tudo pedem “muito cuidado”.

Não sei se pelo medo de enfrentar as consequências que qualquer ação com certeza traz ou por pura preguiça, esses gestores são enormes focos de  desalento entre os colaboradores e acabam gerando um clima geral de desmotivação na organização, seja ela pública ou privada. Sua inércia se espalha como um vírus e o “não fazer” fica sendo a regra geral.

A maioria desses administradores que estudei têm em comum querer fugir de qualquer responsabilidade ou comprometimento.  Eles passam semanas e meses analisando exaustivamente uma situação e nunca decidem, a não ser por não fazer, não permitir, não comprar, enfim, deixar como está. Como eles não se envolvem com a ação e têm consciência disso, impedem que outros ajam com medo de que as ações deem certo e quem as fez apareça, seja elogiado, prestigiado e considerado melhor que eles. Esses administradores não correm riscos porque são medrosos e até covardes e querem apenas manter seus cargos, funções e privilégios intactos. Não fazendo e não deixando fazer, tudo fica como está e a culpa será sempre de alguém externo – a crise, a lei, o mercado, os concorrentes, o Ministério Público, etc.

Só não erra, quem não faz. E essas pessoas, com medo da crítica, com o seu eterno ficar em cima do muro, preferem o conforto de uma gestão medíocre a um protagonismo dos verdadeiros líderes que os empurra para a ação, para o testar, para o permitir, para o acreditar, para o sim em vez do não, enfim para o fazer consciente e consequente que sabe que toda unanimidade é burra e que sempre haverá riscos para aquele que faz e permite o fazer.

Pense nisso. Sucesso!


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