Entidades que representam as empresas que fazem o transporte de cargas se posicionaram nesta segunda-feira (14) sobre o constante excesso de peso dos caminhões que trafegam nas rodovias catarinenses. A irregularidade foi mostrada no Estúdio SC de domingo (13).
Para a Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Santa Catarina (Fetranscesc), o problema está na imposição do excesso de carga na hora do frete. "A Federação não só recomenda como se coloca contra o excesso praticado por alguns transportadores. Há um envolvimento também, alguns casos, do embarcador", declarou.
A irregularidade é frequente e prejudica as rodovias. "Quando há uma média de excesso de peso, cerca de 10%, você chega a reduzir a vida útil desse pavimento em até 50%, ou seja, em vez de durar 10 anos, vai durar 5 anos", afirmou Hélio Geoltsman, engenheiro e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os caminhoneiros também correm riscos ao trafegar com quilos a mais que o permitido. "Se tu pega uma tranqueira, vai frear como na corrida, né? Ou alguém atravessa na frente, não segura o caminhão de jeito nenhum, né? Por isso, que dá a maioria dos acidentes aí", disse um motorista que preferiu não se identificar.
Segundo reportagem da RBS TV, a punição para o excesso de peso é considerada tão amena que a maioria das multas nem é paga. E o que pode ser feito para mudar essa realidade? Os sindicatos fazem campanha de conscientização contra o excesso, mas também não parece ser suficiente.
Conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Florianópolis (Sindicargas), Júlio César Hesse, falta muito para que o problema seja resolvido. As balanças são raras em Santa Catarina e, em muitos pontos do estado, o excesso de peso é comum. Um exemplo é o que ocorre no trajeto ao aeroporto da capital, que passa por obras de ampliação. As transportadoras saem de Biguaçu carregando os materiais e no caminho não existe fiscalização.
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