“Estamos chegando à segunda metade do ano sem perspectiva de qualquer melhora no desempenho mesmo com os incentivos em vigor postos à disposição do mercado pelo governo federal”, afirma Alcides Braga, presidente da ANFIR.
Segundo dados informados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a produção industrial brasileira registrou em maio queda de 0,6%, em relação ao mês de abril, acumulando de janeiro a maio retração de 1,6%. A pesquisa indica que, em comparação com maio do ano passado, a retração da indústria é ainda maior: -3,2%.
“O desaquecimento de algum setor atinge diretamente os negócios do setor de implementos rodoviários e quando se verifica essa marcha lenta em diversos segmentos em especial os de maior peso industrial a indústria de implementos rodoviários sofre em maior intensidade”, explica Mario Rinaldi, diretor Executivo da ANFIR.
Seguindo a afirmação de Rinaldi, a queda na produção pode ser constatada no consumo de energia elétrica no Brasil. Em maio houve aumento de 1,5% por conta do consumo residencial e do comércio, já que a indústria amortizou a demanda em 4,3%. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a redução foi causada pela queda na produção em alguns setores, como eletrointensivos e voltados ao mercado externo.
O segmento de Reboques e semirreboques (Pesado) apresentou no primeiro semestre de 2014 vendas 10,55% abaixo das apuradas no mesmo período de 2013. De janeiro a junho a indústria vendeu 28.633 unidades contra 32.010 produtos comercializados no primeiro semestre de 2013.
No segmento de Carroceria sobre chassis (Leve) a retração foi de 6,06%. As vendas de janeiro a junho foram de 48.284 unidades, contra 51.398 produtos entregues no mesmo período de 2013.
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