IA pode aumentar a produtividade nas empresas em três anos, diz pesquisa
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A maioria (66%) dos profissionais espera que a inteligência artificial (IA) aumente a produtividade no trabalho, nos próximos três anos. Para 33%, a tecnologia poderá automatizar até 30% das tarefas que realizam, enquanto 25% acham que a facilidade chegará a apenas 50% das atividades.

As informações são de uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG com 4.197 funcionários de empresas de grande porte, com mais de cinco mil empregados, em cinco países – Estados Unidos, Austrália, Canadá,  Alemanha e Reino Unido. As companhias atuam em diversos setores, como varejo, saúde, serviços financeiros e tecnologia.

A pesquisa revela que 60% dos entrevistados já percebem o impacto da tecnologia como “amplamente positivo”. No entanto, segundo Camilla Pádua, sócia-líder de consultoria em capital humano da KPMG no Brasil, há preocupações na mesa.

“Trinta e um por cento acreditam que a IA é capaz de tornar seus empregos obsoletos, enquanto 38% sentem que os ganhos de produtividade podem ser superados por impactos negativos no bem- estar e na saúde mental das equipes”, analisa. “Isso mostra que, embora a nova tecnologia seja vista como uma ferramenta poderosa de produtividade, seu uso precisa ser equilibrado com o cuidado com as pessoas.”

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O estudo aponta que, em um cenário de transformação digital acelerada, os profissionais estão reavaliando a relação com o trabalho. A metade (50%) dos respondentes valoriza a cultura organizacional como principal fator de permanência no emprego, seguidos por colegas em busca de valores e propósito (47%), pagamento justo (34%) e flexibilidade nos expedientes (33%).

“Os números indicam que os colaboradores estão cada vez mais atentos à experiência emocional e ao significado do trabalho, e não apenas a benefícios tangíveis”, explica Pádua. “Esse cenário chama atenção porque exige das empresas uma revisão profunda de como se comunicam, engajam e retêm os talentos.”

Diante dos indicadores, a recomendação da especialista é que as organizações procurem combinar o avanço da IA com uma maior atenção ao capital humano.

“[É preciso] saber se comunicar melhor sobre a IA, reduzir a ansiedade dos funcionários em relação à utilização da tecnologia e investir em ‘upskilling’ [aprimoramento de habilidades]”, ressalta. “A maioria ou 72% dos entrevistados relatam que o aprendizado contínuo será essencial para se manterem relevantes nos próximos anos.”

A consultora sugere ainda a criação de um “centro de excelência em trabalho digital” nas corporações como uma boa prática de governança e inovação. “O papel dos gerentes intermediários também deve ser reforçado”, acrescenta. “Eles são essenciais para traduzir estratégias em ações e apoiar a adoção da IA nas empresas.”

 


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