CNT pode contribuir com proposta de planejamento estratégico de investimentos para a infraestrutura nacional
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O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, reuniu-se com o deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), na manhã desta quarta-feira (6), para tratar dos gargalos da infraestrutura nacional. O parlamentar falou da necessidade de construção de um plano que contemple os modais de transporte e pediu apoio da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

Cristino citou os problemas estruturais das rodovias brasileiras, em especial a deficiência do subleito, que não está preparado para receber o peso dos veículos de cargas. O subleito é o terreno por onde passa a estrada, ou seja, é a estrutura responsável por acomodar a massa asfáltica e o peso dos caminhões, ônibus e carros. Quando não é adequado, existe maior tendência de o solo ceder e formar buracos nas pistas.

Vander Costa concordou com os argumentos do deputado e colocou a CNT à disposição para auxiliar na demanda. “Acredito ser necessário construir um plano de longo prazo que incentive a multimodalidade e a integração dos modos do transporte”, ponderou o presidente do Sistema Transporte.

Ele ressaltou a necessidade de o plano abranger também investimentos em hidrovias. O Brasil tem um potencial hidroviário bastante grande, mas isso ainda é pouco explorado. Vander Costa entende que, se o plano for corretamente integrado aos outros modos, a logística hidroviária poderia beneficiar vários setores econômicos, como o agronegócio e a mineração.

PL do Combustível do Futuro

O presidente aproveitou a visita do deputado para falar sobre os impactos do aumento da mistura do biodiesel ao diesel. A questão está prevista no Projeto de Lei (PL) do Combustível do Futuro (PL nº 4.516/2023) e preocupa bastante o setor transportador, dados os possíveis impactos negativos.

Vander Costa entregou a Cristino o estudo elaborado pela UnB (Universidade de Brasília), no qual demonstra haver maior emissão de CO² na atmosfera com o aumento da porcentagem de biodiesel misturado ao diesel. Também há indícios de maior desgaste das peças dos veículos e redução na eficiência dos motores, o que demandaria mais abastecimentos e manutenção dos veículos, encarecendo a prestação do serviço.

O assunto será debatido pelos parlamentares ao longo das próximas semanas. Por ser um tema proposto pelo governo federal, há grande relevância na discussão da matéria. A CNT diverge de alguns pontos e trabalha para tentar contorná-los, especialmente para garantir a qualidade do combustível consumido pelas empresas.

Além do presidente do Sistema Transporte e do deputado federal, também participaram da reunião o chefe de gabinete da Confederação, Matheus Jasper, e a gerente executiva do Poder Legislativo, da CNT, Andrea Cavalcanti.


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