Luiz Marins
Em meu livro “Socorro! Tenho Medo de Vencer” (*) (Ed. Harbra, 1998), digo textualmente que “É incrível, mas a verdade é que tenho encontrado pessoas que parecem ter, literalmente, medo de vencer. Fazem tudo para evitar o sucesso.”
Quando escrevi isso em 1998 eu já via um problema que hoje é tratado de forma recorrente por psiquiatras, psicanalistas, psicólogos e mesmo filósofos que afirmam que o maior problema do mundo contemporâneo, especialmente entre os mais jovens, é o MEDO.
Filósofos como Pondé e psiquiatras como Marsili têm dado entrevistas sobre o tema afirmando que as pessoas vivem num estado generalizado de ansiedade e esse medo de tudo – de se relacionar, de se comprometer, de não ser amada, de não ter sucesso (sem mesmo saber o que seja sucesso para elas) as faz totalmente perdidas, vivendo de fantasias, sem conseguir se dedicar a coisa alguma com seriedade e afinco.
Sem assumir compromissos e com delírios de autossuficiência, essas pessoas têm uma baixa autoestima que as leva a dependências que as escravizam e as tornam ainda mais ansiosas, medrosas e desconectadas da realidade concreta.
Há autores que falam mesmo numa epidemia de baixa autoestima que tem como origem uma educação permissiva, superprotetora, sem imposição de limites e disciplina de que essas pessoas foram literalmente vítimas.
Sem capacidade de resiliência, de enfrentar desafios, de aceitar contrariedades, elas vivem numa bolha doentia. O que fazer?
É preciso ajudar essas pessoas antes que elas cometam desatinos maiores.
É preciso reconectar-se com a transcendência, com valores e princípios elevados que ofereçam um sentimento de missão e propósito nas atividades simples do cotidiano. É preciso reconectá-las à realidade, ao chão, ao humus, levando-as a compreender suas limitações, suas dependências de outros seres humanos, enfim, dar a elas o verdadeiro sentimento de humildade.
Mais do que criticá-las é preciso ajudá-las a vencer o medo que as domina e conduzi-las ao caminho da motivação e do sucesso.
Pense nisso. Sucesso!
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