A defasagem persistente
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O assunto em si não é novo, mas vale uma reflexão diante dos recentes dados divulgados. O estudo técnico apresentado durante o CONET, que ocorreu entre os dias 6 e 7 de fevereiro, revelou a defasagem média de 13,9% no frete recebido pelo transportador em relação à tabela referencial da NTC&Logística.

Segundo a pesquisa realizada pelo Departamento de Custos Operacionais da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística – DECOPE/NTC&Logística esse percentual fica cerca de 9,6% nas operações com transporte de cargas fracionadas, e de 18,7% nas com cargas lotações ou fechadas.

Esses valores foram apurados ainda sem levar em consideração os demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. Foi constatado que muitos contratantes não remuneram adequadamente o transportador com relação aos serviços complementares ou adicionais, como a cubagem da mercadoria e a EMEX (Taxa de Emergência Excepcional) para regiões que se encontram em estado crítico de segurança como o Rio de Janeiro.

A defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das perdas ao longo dos anos, quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, como o combustível, salários e manutenção dos veículos.

Como se não bastasse, ainda há o problema do atraso no recebimento dos fretes. A pesquisa realizada com 2.500 empresas de transporte de cargas também revelou, que os fretes no Brasil vêm sendo pagos cada vez mais com atraso. Do total das companhias consultadas, 61,5% delas têm valores a receber atrasados.

Estamos em um período de retomada da economia, mas continuamos com uma defasagem que compromete o rendimento das empresas do setor.

O SETCESP chama atenção, que a eliminação da defasagem não é só de interesse do transportador, mas também de todo o Brasil, que para voltar a crescer precisa eliminar os gargalos logísticos e escoar com eficiência sua produção, principalmente, pelo sistema rodoviário.


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