Após a renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales, em 10 de novembro, uma grave crise política eclodiu no país. Desde então, temos acompanhado os conflitos diários que estão contribuindo para o desabastecimento da Bolívia, e que em parte reverberam em um prejuízo considerável para o nosso setor.
Segundos dados da NTC&Logítica mais de 1 milhão de reais em prejuízos diários foram acumulados nos últimos 21 dias em que a fronteira entre o Brasil e a Bolívia esteve fechada.
Estudos desenvolvidos pelo DECOPE/NTC – Departamento de Custos Operacionais da NTC, revelaram que os custos por dia dos veículos parados foram de U$S 275 (carga seca) e de U$S 450 (carga refrigerada). Esses valores estão relacionados com salários e encargos do motorista, seguro, despesas em geral que são custos fixos. No caso do veículo com carga refrigerada, além desses custos fixos há o combustível para fazer a refrigeração do veículo já que o motor é a diesel.
E paralelamente a isso, observamos ondas de convulsões em outros países latino americanos, como Equador, Chile e agora o mais recente, na Colômbia.
Embora os gatilhos que deem origem a essas crises sejam específicos de cada nação, a piora das condições de vida tornam os países mais vulneráveis a protestos, que podem culminar em embates com as forças de segurança.
Confrontos que, ao invés de trazer uma solução, acabam piorando ainda mais o quadro econômico. Aliás, os problemas políticos não deveriam afetar o andamento normal da economia de um país. Também as reivindicações poderiam ter outro caráter, sobretudo com amplo respeito à lei e às instituições democráticas, ao poder judiciário e ao Congresso Nacional.
O SETCESP espera que os problemas aduaneiros entre Brasil e Bolívia sejam plenamente resolvidos. E que a paz volte a se reestabelecer nos governos da América Latina.
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