Levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte), com base em dados do Banco Central do Brasil, mostra que o investimento estrangeiro direto no Brasil está crescendo. Investimentos estrangeiros diretos são os aportes vindos do exterior que são aplicados na estrutura produtiva do país, a fim de colaborar com a expansão de sua capacidade. Em 2018, o montante de recursos somou US$ 88,31 bilhões, 25,7% mais do que em 2017. E há uma tendência de crescimento que se observa desde 2015.
A maior parcela desses recursos (US$ 20,81 bilhões) teve como destino atividades econômicas do setor de serviços, dentre as quais está o transporte. O segmento recebeu R$ 3,02 bilhões. Esse valor é 5,7% mais do que o ingresso bruto médio anual de investimento direto para o segmento registrado no período de 2010 a 2017.
Os dados integram a nova edição do Conjuntura do Transporte, divulgado pela CNT na quarta-feira (13). O boletim analisa a expansão dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil (com informações do Banco Central, da Unctad – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – e da Renai – Rede Nacional de Informações sobre Investimentos – e destaca que o país representa uma oportunidade a investidores, especialmente pela necessidade de desenvolvimento da infraestrutura de transporte e da insuficiência de recursos públicos para que sejam realizadas as intervenções necessárias.
“Os valores aportados”, informa o boletim, “podem financiar, além da atividade das empresas que prestam esse tipo de serviço, a construção de novas estruturas e melhorias da infraestrutura existente. Nesse sentido, o investimento estrangeiro direto nesse setor visa fomentar a qualidade do serviço prestado e aumentar a oferta do transporte no Brasil, contribuindo para o seu bom desempenho”
De acordo com a CNT, a participação de capital privado internacional é amplamente aceita pelas empresas transportadoras. Conforme levantado pela Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, 82,8% dos transportadores entrevistados concordam com o uso de recursos privados estrangeiros na oferta de infraestrutura de transporte.
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