Compartilhe
23 de Fevereiro de 2015 – 04h38 horas / Diário do Grande ABC

Previstos para entrar em operação em julho do ano passado, os 13 radares de velocidade instalados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) na Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) ainda não começaram a funcionar. A previsão do órgão é de que os aparelhos comecem a flagrar irregularidades apenas no mês que vem.

Na semana passada, a equipe do Diário esteve na rodovia e constatou que as lombadas eletrônicas já funcionam, inclusive, mostrando a velocidade dos veículos que passam por lá. Entretanto, funcionários a serviço do DER admitiram que as autuações ainda não começaram a ser feitas. A assessoria de imprensa do departamento estadual confirma a informação e acrescenta que os aparelhos ainda estão em fase de teste.

O DER salienta que, antes de os radares serem homologados e começarem a efetuar as autuações, precisam ser aferidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Enquanto isso, os aparelhos ainda estão passando por testes.

Por telefone, a assessoria de imprensa do DER justificou que o atraso no início da operação também foi motivado por problemas de falta de energia ao longo da via. A concessionária AES Eletropaulo foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

Outra medida que ainda precisa ser feita antes de os radares começarem a funcionar é a instalação de placas ao longo da via indicando os limites de velocidade. Isso porque a aceleração máxima permitida varia conforme o trecho, chegando a 80 km/h em alguns pontos específicos.

Dos 13 novos equipamentos espalhados pela rodovia, 11 são do tipo lombada eletrônica, que mostram ao motorista a velocidade registrada pelo dispositivo durante a passagem do veículo sobre os laços detectores. Os outros dois aparelhos são do tipo convencional, apenas com as câmeras para flagrar as placas dos automóveis que desrespeitarem o limite estabelecido.

Os dispositivos em fase de testes estão concentrados entre o km 38,1, no Parque Andreense, em Santo André, e o km 66,2, em Suzano. Segundo o DER, os locais foram escolhidos em razão da alta frequência de casos de excesso de velocidade. O objetivo da implantação dos radares é diminuir o índice de acidentes na via, que já chegou a ser conhecida na região como Estrada da Morte.

A Rodovia Índio Tibiriçá tem aproximadamente 36 quilômetros de extensão e liga São Bernardo a Suzano, passando também por Santo André e Ribeirão Pires. É uma das principais ligações entre o Grande ABC e a região do Alto Tietê. Devido à forte característica industrial do entorno, a via é muito utilizada por veículos de carga.

Via já foi conhecida como Estrada da Morte por alto índice de acidentes
Uma das principais ligações entre o Grande ABC e a região do Alto Tietê, a Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031) já foi conhecida como Estrada da Morte, em razão do alto número de acidentes com vítimas fatais. Para tentar diminuir as ocorrências, o governo do Estado executou diversas obras na via nos últimos anos em trechos considerados problemáticos. Foram feitos serviços como alargamento, pavimentação e melhorias na sinalização.

Já foi cogitada a possibilidade de a rodovia ser duplicada, o que aumentaria a capacidade de tráfego e diminuiria o risco de acidentes em ultrapassagens. Entretanto, o governo paulista informou que os estudos de viabilidade para esse tipo de empreendimento só começarão a ser feitos depois que o Trecho Leste do Rodoanel for totalmente concluído, o que está previsto para ocorrer apenas em maio.


voltar