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03 de Maio de 2017 – 05h35 horas / Lauro Freire

Com tantos anos de experiência no mercado de TI focado na gestão empresarial, já testemunhei dezenas de empresas abrirem e encerrarem suas atividades. E sabe por quê? Porque manter uma gestão lucrativa, com diferenciais competitivos não é algo que dá certo do dia para a noite. É preciso organizar os processos de trabalho, ter acesso aos conteúdos pertinentes ao seu negócio e, principalmente, ter as informações certas na hora de tomar decisões importantes.

 

Diante deste cenário, vemos grande parte das empresas se movimentando em direção a uma revolução digital. Somente no ano passado empresas do setor de serviços investiram em média 10,9% do seu faturamento em estruturas de TI. Isso é mais do que qualquer outro segmento, segundo dados apurados pela FGV-SP. Esse crescimento se deu por conta das diversas exigências, que já foram, ou estão sendo, cada vez mais atreladas a um novo método tecnológico, como a implantação do SPED e do eSocial, que unificará todas as informações pertinentes aos seus empregados em um único envio para os órgãos competentes.

 

Por isso, é importante muita atenção às tecnologias disponíveis para a gestão do seu negócio, buscando entender como utilizar o melhor delas e extrair o máximo de benefício.  Um bom exemplo de tecnologia aplicada aos negócios são os sistemas chamados de ERP (sigla inglesa que significa Enterprise Resource Planning), plataformas robustas que armazenam e organizam diversos tipos de informações ao mesmo tempo. Existem dois tipos de ERPs disponíveis: os que tendem a seguir uma linha generalista e aqueles que são especializados em um determinado segmento de mercado, chamados de ERP vertical ou ERP especialista.

 

ERP Generalistas X ERP Especialista

 

As plataformas ERPs Generalistas cobrem as necessidades das empresas de forma macro, oferecendo uma visão panorâmica dos números. Por estarem preparadas a atender quaisquer tipos de negócios, demandam investimentos em uma série de customizações para conseguir realizar processos operacionais específicos de diferentes segmentos.  Sem isso, esses ERPs cumprem o seu papel na área do backoffice, mas deixam o core business com pouco suporte sistêmico. 

 

As plataformas Especialistas conseguem ir no detalhe da operação. Por serem desenvolvidas para um nicho de mercado específico, possuem um nível de aderência muito alto no que diz respeito aos processos operacionais, praticamente eliminando a necessidade de customização. Além disso, permitem análises profundas da empresa como um todo, possibilitando ações de curto, médio e longo prazo.

 

Cabe a cada empresário a decisão por um tipo ou outro de ERP. São grandes as variáveis de análise antes da escolha, mas vale a pena ter atenção especial à necessidade de um investimento extra, especialmente quando se trata de mercados competitivos onde qualquer evolução operacional pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo. Também deve-se levar em conta as constantes mudanças na legislação, particularidades fiscais em diferentes estados brasileiros ou mesmo obrigatoriedades da emissão de documentos específicos para o desempenho desta atividade.

 

A decisão por um software especialista, ou generalista, tende a significar diferenças importantes que podem levar a continuidade ou a interrupção do negócio.

 

*Lauro Freire é diretor e sócio co-fundador da BgmRodotec, empresa do segmento de software de gestão para empresas de transporte, lista três formas de otimizar a gestão corporativa e o atendimento aos clientes.


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