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21 de Julho de 2014 – 01h31 horas / Luiz Marins

Não entendo nada de futebol. O que quero discutir aqui são duas lições, de muitas que podemos tirar para nós, das empresas, sobre o Brasil nesta Copa do Mundo.


1. O fundamental papel da emoção para nós brasileiros.


É preciso compreender que nós, brasileiros, somos muito vulneráveis emocionalmente em situações adversas. A emoção toma conta de nós e não conseguimos ter o domínio da razão como seria apropriado, principalmente em situações difíceis.     Assim, na empresa, é preciso que os dirigentes prestem muita atenção ao “clima emocional” de seus colaboradores. Muitas vezes, uma pequena adversidade ou derrota pode fazer com que toda a empresa perca o foco e passe a cometer erros impensáveis em situações normais. Conheço casos em que a perda de um cliente importante gerou a perda de vários clientes numa sequência inexplicável. Sei também de vários casos em que um colaborador com papel de liderança deixa a empresa e os que ficam, entram num estado de profunda depressão coletiva por um longo período. Todos nós conhecemos também a realidade de que no Brasil confundimos o erro com a pessoa que errou. Quando chamamos a atenção de alguém por um erro cometido, geralmente a pessoa toma pelo lado pessoal e não profissional, com sérias consequências emocionais, muitas vezes para toda a empresa. Tomamos o lado do mais fraco, muitas vezes, independentemente da razão.


2. A eterna busca de culpados quando ocorrem derrotas ou adversidades.
Temos uma forte tendência a buscar culpados quando as coisas dão errado em vez de trabalhar imediatamente na solução dos problemas. Ficamos abatidos e buscamos sempre alguém para culpar. De um minuto para outro, heróis viram vilões. O interessante é que o mesmo não ocorre nas vitórias. As vitórias são sempre produto da equipe, do grupo, da empresa. As derrotas, sempre atribuídas a pessoas. Isso faz com que as chefias tenham receio em tomar decisões arriscadas, muitas vezes fazendo a empresa perder grandes oportunidades. O medo de errar, pela crítica pessoal ao erro, faz com que a omissão passe a ser a regra.  Buscar o culpado, muitas vezes nos desvia de agir em direção à solução.
Para nós, das empresas, não nos cabe discutir se isso tudo é bom o

u ruim. O que temos é que  desenvolver uma competente estratégia para trabalhar com essa realidade do Brasil e dos brasileiros.


Pense nisso. Sucesso!


Luiz Marins, consultor


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