*Por Luis Felipe Machado
Esta evolução tecnológica constante em que vivemos nos faz, cada vez mais, refletir sobre o impacto dela em nossas vidas. O modo “Jetsons” foi ativado e precisamos nos localizar no tempo e espaço disso tudo, que corre aos nossos olhos e invade o cotidiano. Nada mais nos surpreende, é como se estivéssemos à espera de cada aperfeiçoamento, atualização e incrementos de tecnologia, e participamos de tudo isso, sem a menor dificuldade.
É comum hoje que escutemos a máxima de que os dados são o novo petróleo, e há uma corrida para a obtenção dessa nova riqueza. O paralelo é até interessante e provocador, porém precisamos enxergar a curva que existe lá na frente. Pensem só: nem tudo leva petróleo, mas tudo tem e gera dados.E você sabe qual a importância disso? Eu respondo: a de que ainda temos uma amplitude de possibilidades no “refino” destes dados, que nossa mente humana não é capaz de produzir. E aí, quem entra nessa parada? O grande diferencial nessa corrida dos dados é a Inteligência Artificial – IA.
Não quero trazer aqui as questões tecnológicas, e sim, uma visão de que combustível é esse, que será produzido? Já que trouxe uma comparação de dados com petróleo, vocês me permitem dizer que a inteligência artificial é como um “rodotrem” em processamento, perto do nosso cérebro de “caminhonete”,sem ofensas e rancor, por favor.
Além da grande capacidade de processamento, uma característica fundamental da inteligência artificial é a assertividade nas determinações e soluções. E não fique chateado comigo, mas ela tem essa capacidade, pois consegue cruzar diversos tipos de dados ao mesmo tempo, e acessá-los com muito mais velocidade. Não se sinta mal pois para ela funcionar ainda, e ressalto “o ainda”, depende de nós humanos. Somos nós o foco de atuação da inteligência artificial, somos o lastmile que ela precisa se curvar e fazer a sua entrega.
Falando e comparando o transporte com a IA, é impossível não ver como ela está sendo fundamental no desenvolvimento do nosso setor. Um diferencial enorme em redução de tempo, automatização de processos, redução de custos, isso tudo alinhando processamento e cruzamento de dados, apresentando as melhores alternativas de rotas, horários, rotinas, trânsito, carregamento, segurança. Da execução de tarefas padrões, até no atendimento aos clientes. Ela pode atuar e a gente pode se beneficiar dela.
E onde mora o segredo da IA? O segredo é dar os inputs(entradas) corretos e parametrizações que façam sentido a cada negócio. Não adianta acreditar que basta comprar uma inteligência artificial e todos os problemas do seu negócio serão resolvidos. Fato inquestionável que essa é uma tendência, que ainda seguirá por muito tempo e nos auxiliará cada vez mais. A curva de aprendizado da inteligência com as repetições e padrões de comportamento, consumo e uso trazem ganhos em escala. E nós, consumidores finais, continuaremos embarcados nessas plataformas, que não são de petróleo, absorvendo sem dificuldades seus benefícios.
Diferentemente do petróleo que está escondido, os dados estão à vista e sendo produzidos, desde a hora que você acorda até a hora que vai dormir. Até a sua hora de dormir é um dado. Somos nós os maiores produtores, é de seres humanos consumidores, clientes, parceiros, fornecedores que estamos falando.
A inteligência é artificial, mas o precioso e valoroso está em cada um. Cuide dos seus dados e use-os ao seu favor.
Empresário, empreendedor, use os dados para o bem dos seus clientes! Sem poluição, sem afetar a natureza. Lembrem-se somos parte da natureza.
Luis Felipe Machado é Coordenador da COMJOVEM SP – Comissão de Jovens Empresários e Executivos no SETCESP.
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