Com a missão de prevenir acidentes de trânsito
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Nova comissão lançada pelo SETCESP tem por objetivo promover uma cultura de paz nas estradas

Foi durante o evento de ‘Segurança no Trânsito e Prevenção de Acidentes’, realizado pelo SETCESP em apoio a Campanha do Maio Amarelo, que surgiu a ideia por parte da diretoria de criar uma comissão dentro da entidade, que pudesse disseminar que o trânsito pode, e precisa, ser mais seguro para o bem incomum.

Os acidentes nas estradas são um problema de saúde pública mundial, mas aqui no Brasil, se houvesse qualquer classificação o país seria taxado por sofrer de uma grave patologia: todos os dias 100 vidas são ceifadas em acidentes de trânsito. Os dados são do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e apontam também, que 99% das ocorrências são causadas por falha humana.

“Parece que a gente normalizou uma situação absurda em nosso país, e precisamos juntar esforços para reverter urgentemente esse quadro”, disse o presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, Adriano Depentor.

O assunto, que já é importante de ser discutido por toda a sociedade, é ainda mais essencial para quem lida diretamente ou indiretamente com o movimento das ruas, avenidas e rodovias. Por causa disso, no último dia 27 de julho, foi lançada pelo SETCESP a Comissão de Trânsito, coordenada por Caroline Duarte, que é responsável pelo departamento jurídico da entidade, com a vice-coordenação de Márcio Montesani, engenheiro e perito em acidentes de trânsito.

A coordenadora explica detalhadamente que o objetivo da mais nova comissão é munir as empresas de informações que possam levá-las a gerenciar da melhor forma as questões de trânsito. “Vamos conceder orientações às transportadoras para que possam agir sempre de maneira responsável e eficiente, assim como indicar medidas relacionadas à segurança do condutor, do veículo e de terceiros na via”.

Ela destaca também que para disseminar uma cultura de paz no trânsito é preciso se voltar às bases da educação. “Primeiro de tudo vem a conscientização que gera a segurança, e a partir daí, se tem uma diminuição de acidentes e até de multas que, afinal, também resulta em um impacto financeiro”, considera.

Acidentes e ocorrências de trânsito podem gerar ações cíveis em várias esferas. Por exemplo, se houve o tombamento do veículo de carga, que não conseguiu fazer a curva por excesso de peso, ou que colidiu danificando alguma estrutura pública, isso não apenas é passível de multas, mas também de indenizações para consertar o dano causado.

“Um único acidente pode levar uma empresa à bancarrota, sendo assim, prevenir é um bom negócio, seja sob a ótica social ou financeira”, lembra Montesani  que complementa que a parte institucional das empresas necessita de um reforço dessa reeducação no trânsito, o que vai além de uma orientação pontual aos condutores, pois é preciso estar incorporado na cultura organizacional uma prevenção, que mitigue os riscos, não apenas para evitar autuações de fiscalização, mas de fato para priorizar a vida.

Diferente das Diretorias de Especialidade dentro da entidade, que são específicas para uma área de atuação do transporte rodoviário de cargas, a Comissão de Trânsito é voltada aos profissionais de todos os setores de uma transportadora.  “Os assuntos serão de interesse tanto da área de Recursos Humanos,  geralmente  responsável por aplicar os treinamentos e notificar o motorista das multas, quanto para quem faz a parte de gestão operacional, que orienta os condutores em relação ao veículo e os itens de segurança, ou da gestão de pessoal, que são as pessoas responsáveis por propagar as boas práticas dentro da organização”, relata Duarte.

“Uniremos o processo de conscientização com ações para serem aplicadas em empresas de transporte de cargas, independentemente do tamanho. Seja uma empresa pequena, com alguns veículos, ou uma com centenas. Esta receita será um sucesso, pois ajudaremos inclusive, no processo de entendimento da operação com relação aos acidentes ocorridos e com isso, sem dúvida, teremos um alinhamento dos programas de prevenção”, esclarece o perito em acidentes.

Um dos assuntos que a Comissão de Trânsito abordará é o que deve ser analisado ou investigado durante uma ocorrência de acidentes, e como juntar provas que atestem, por exemplo, a falta de culpabilidade da empresa.

Além disso, outra intenção da Comissão de Trânsito é fazer com que as empresas compartilhem as suas experiências. “A gente quer estimular a troca de informações, do que deve ser considerado na implementação de um programa de prevenção acidentes. E depois que as empresas executarem as novas medidas, elas nos passem um feedback para ampliar a visão das outras transportadoras de como foi realizar essas ações”, aponta Duarte.

 “Vejo que a grande missão desta Comissão é justamente trazer experiências bem-sucedidas do mercado. Sairemos do campo teórico para realmente trazer ações efetivas, a fim de colaborar com o setor de transporte de cargas e com toda a sociedade. Queremos buscar uma otimização dos recursos humanos, tecnológicos e financeiros incentivando um trânsito mais seguro”, enfatiza Montesani.

Participe das reuniões da Comissão de Trânsito, inscreva-se pelo site.


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