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05 de Março de 2018 – 16h50 horas / Transcares

Passados dois anos de muita argumentação, insistência e reivindicação, o Transcares está comemorando uma nova conquista: as passarelas programadas para serem instaladas no trecho da BR 101 que corta o Estado e na Rodovia do Contorno terão 6,20 metros, ou seja, serão mais altas do que rege o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, portanto, atenderão às necessidades de passagem de cargas excedentes.

 

A boa notícia foi dada no dia 21 de fevereiro, durante a 6ª Reunião do Grupo Paritário de Trabalho (GPT), realizada pela Eco 101, concessionária da BR 101, e que conta com a participação de dirigentes da Fetransportes, Transcares e de outros órgãos do segmento. O representante do sindicato no grupo é o superintendente Mario Natali.

 

Segundo o CTB, a altura de uma passarela numa via pública é de 5.50 metros. Mas Natali sempre defendeu que em países de característica rodoviária, como é o caso do Brasil, essa altura não atende às necessidades de passagem de cargas excedentes porque, em via de regra, as rodovias não possuem by pass lateral (espécie de desvio que esses veículos usam para evitar a passarela) no mesmo nível da via que pudesse resolver o problema.

 

“Há mais de dois anos insistíamos nesse pleito, junto à ANTT, Dnit e Eco 101. O tema foi amplamente discutido e na reunião desta semana, ao questionar mais uma vez sobre a demanda, fomos informados que tanto a ANTT quanto a Eco, em atendimento às nossas solicitações, construirão as futuras passarelas com 6,25 metros”, conta Natali, completando em seguida. “Acho que essa conquista pode servir de exemplo para outros estados que também clamam por essa medida e nunca tiveram uma resposta muito certa”.

 

Segundo o Gerente de Comunicação da Eco 101, Marcos Martins, a concessionária já adota o gabarito mínimo de 6,00 metros para as passarelas devido a eventuais manutenções e recapeamentos necessários no pavimento. Mas admite que o ampliou em função das reivindicações apresentadas pelo Transcares.

 

“Entendemos que a construção das passarelas com gabarito mínimo de 6,20 metros será fundamental na otimização da operação dessas empresas cuja movimentação de cargas é tão importante para o segmento”.

 

Quem não esconde a satisfação com a boa nova é o gerente operacional da Transuíça, Flávio Fernandes, um dos executivos do segmento de transporte de cargas excedentes que solicitava essa mudança há tempos.

 

“Esta é uma conquista muitíssimo relevante, e não apenas para nosso segmento, pois abre um leque de novos negócios e de novos investimentos. Não adianta ter boa infraestrutura portuária e benefícios fiscais se existe uma limitação de trânsito para escoar essas mercadorias. Uma coisa inviabiliza a outra. Reconhecemos que o transporte de cargas excedentes é dificultoso, gera desconforto para os demais motoristas, mas, por outro lado, sua movimentação é uma janela de oportunidades comerciais para o Estado inteiro”.


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