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02 de Dezembro de 2016 – 05h37 horas / A Tribuna

Entrou em vigor no dia 01 a primeira etapa do projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog), do Governo Federal, na região. Agora, o agendamento de caminhões carregados com granéis sólidos de origem vegetal e com destino ao cais santista deve ser feito pelos próprios terminais do Porto de Santos, em um sistema desenvolvido pela União.

 

Quando estiver totalmente implantado, o Portolog permitirá o acompanhamento das cargas das zonas produtoras até os terminais marítimos. Ele está sendo instalado em etapas. Além de áreas públicas do Porto, terminais e pátios, o programa cobre os corredores rodoviários do País. Para tanto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) participam da iniciativa.

 

Anteriormente, os terminais encaminhavam à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária, as planilhas com as previsões de recebimento de caminhões em janelas pré-definidas. A Codesp era responsável pelo controle e pela fiscalização do cumprimento dos prazos.

 

Agora, todos os terminais terão acesso ao sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), sob a orientação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Na última terça-feira, um representante da pasta participou do Comitê de Logística do Porto de Santos para tirar dúvidas dos usuários do setor portuário.

 

A fiscalização desse procedimento não será alterada. Caberá à Docas conferir se o agendamento dos caminhões está sendo cumprido. O trabalho é feito com o auxílio de câmeras instaladas ao longo dos acessos ao Porto, além dos sites de acompanhamento de informações em tempo real, como o da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).

 

De hora em hora, a situação dos pátios reguladores é avaliada, assim como a quantidade de caminhões que deixam essas instalações e seguem em direção aos terminais portuários. Em caso de descumprimento do agendamento, a informação é repassada para a Antaq, que é a responsável pela autuação da empresa infratora.

 

Por enquanto, esta fase do Portolog será implantada apenas para terminais de granéis sólidos. No próximo ano, está prevista a expansão do projeto para instalações de granéis líquidos e as especializadas em contêineres.

 

Também há a previsão da Codesp de, ainda neste mês, abrir uma licitação para a elaboração do projeto-executivo de mais uma etapa do Portolog. Trata-se da fase que engloba a implantação de gates (portões) para o acesso automatizado de caminhões às duas margens do Porto de Santos. A ideia é que o acesso ao complexo, em Santos e Guarujá, seja totalmente automatizado, como acontece em portos internacionais.

 

Licitações

 

Há dois anos, a Codesp tenta contratar uma empresa para implantar as antenas de radiofrequência do projeto Portolog na região. Mas, nas quatro tentativas, a licitação foi cancelada por questões administrativas. O plano era  que a firma escolhida tivesse de  elaborar o projeto do sistema e os softwares necessários.  As antenas terão sensores que vão ler as placas dos veículos de carga e as etiquetas  eletrônicas (tags) a serem instaladas neles.


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