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09 de Novembro de 2017 – 04h57 horas / G1

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) identificou que ficam no Pará alguns dos piores trechos de rodovias do país. Os problemas são buracos, desníveis, falta de pavimentação. O levantamento avaliou mais de 105 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais brasileiras, quase 13 mil deles ficam na região norte.

 

A maioria dos trechos considerados ruins está no Pará, que tem o pior resultado do Brasil.

 

Os pontos avaliados como péssimos chegam a 25%, buracos de todo o tamanho colocam em risco a vida dos motoristas. “É pneu que estoura, mola que quebra, nossa dificuldade é muita e a gente não vê benefício nenhum“, diz o caminhoneiro José Ivaldo.

 

O caminhoneiro Lucas Demarco saiu de São Paulo e perdeu um dos pneus na primeira viagem ao Pará. “É muito gasto, combustível, pneu, manutenção do caminhão e muito ruim”, comenta.

 

Aumento nos custos

 

No Pará, oito rodovias estaduais estão entre as piores do país. A PA-150, que atravessa os municípios nordeste e sudeste do Estado é uma delas. A pesquisa estima que o custo operacional subiu de 24% no ano passado para 27% na avaliação deste ano.

 

A CNT diz que a qualidade das rodovias piorou porque os investimentos em infraestrutura encolheram nos últimos seis anos. O resultado é uma reação em cadeia, caminhoneiros passam mais tempo na estrada, gastam mais com combustível, o preço do frete aumenta e todo mundo sai perdendo.

 

“É de 30 a 40%, o valor mais caro do frete. O caminhão faz em média, na estrada boa, de 1500 a 1800 metros com um litro de combustível. Na estrada ruim, ele não faz nem um quilometro por litro, então isso inviabiliza qualquer transporte, qualquer operação”, afirma Eurico Santos, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Pará.

 

A Secretaria Estadual de Transportes informou que os trechos da PA-150 entre Marabá e Jacundá, e entre Tailândia e Moju já estão recebendo os reparos necessários para eliminar trilhos de rodas e buracos na pista. Como o serviço ainda não foi concluído, pede atenção dos motoristas para evitar acidentes.


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