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27 de Março de 2017 – 04h35 horas / Jovem Pan

Mercado automotivo descarta retomada econômica via consumo e cobra concessões em infraestrutura prometidas pelo Governo.


Após um início de ano aquém das expectativas nas vendas de veículos e principalmente caminhões e ônibus, as montadoras reforçam sua preocupação.  


A expectativa é fechar o ano com alta de 4%, mas atualmente o setor de pesados utiliza 20% da sua capacidade nas fábricas.


O diretor de Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos de Moraes, ressaltou que os caminhões estão diretamente ligados ao crescimento do País. “Pouco provável que o consumo vai gerar crescimento, temos nível de desemprego muito alto. Consumo vai demorar um pouco para retomar. A chance para crescer é via investimento”, explicou.


O resultado do primeiro bimestre é classificado como decepcionante, uma queda de 6,4%, em relação as vendas de 2016. Mas a produção nacional registrou alta de 15% em fevereiro, e elevação de 39%, em relação ao mesmo período de 2016.


A maior atividade das fábricas demonstra uma aposta na recuperação das vendas após o segundo trimestre.


O presidente da Anfavea, Antonio Megale, lembrou que os programas de infraestrutura estão sendo anunciados desde o Governo anterior. “Muitas concessões, muitos anúncios são feitos, mas não acontecem. Sabemos que têm tempo de implementação, mas pedimos celeridade na condução de concessões ou mesmo a retomada dos investimentos de infraestrutura”, disse.


Na média, o setor automotivo usa hoje no Brasil 50% da sua capacidade instalada nas fábricas.


As exportações produziram o melhor bimestre da história, mas o mercado externo não consegue suprir o fraco desempenho interno.


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