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03 de Junho de 2015 – 08h24 horas / Valor Econômico

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira que quase 100% do novo programa de concessões, a ser lançado na próxima semana, já está alinhado. "Faltam alguns aperfeiçoamentos aqui e ali em alguns projetos, mas eu diria que os principais investimentos estão quase 100% definidos".  Barbosa participou nesta manhã de evento sobre o ajuste fiscal brasileiro promovido pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV) em parceria com a Associação Keynesiana Brasileira.


Segundo o ministro, há varias iniciativas envolvidas na nova rodada, entre portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, cada uma delas com seu próprio tempo. "Tem iniciativas, por exemplo, em que é preciso chamar o setor privado e elaborar projetos, que eventualmente vão resultar em concessões no ano que vem", disse. Há outras iniciativas que são realizações de concessões de projetos que já foram concluídos e estão próximos de serem licitados neste ano. "Há vários projetos em diferentes fases de implementação."


Perguntado sobre a possibilidade de participação das empresas envolvidas na operação Lava-Jato nas novas concessões, Barbosa disse que não tem informações precisas sobre como isso será feito, mas afirmou que, no momento, será feita uma análise de quem poderá participar das licitações ou não. "Agora nós estamos mais dedicados a elaborar os projetos".


De acordo com o ministro, não há temores de que os projetos sejam inviabilizados caso as empreiteiras envolvidas na Lava-Jato não participem. "Tem muita gente interessada em participar e setor de construção no Brasil tem toda a capacidade de atender a esses investimentos". Segundo ele, há novas firmas no setor e mesmo aquelas que passam por problemas agora vão conseguir se reestruturar e executar esses investimentos mais à frente. "Há interesse por parte de investidores em assumir essas concessões e há capacidade de engenharia no Brasil para executar essas obras."

Como exemplo dessa capacidade, Barbosa citou que a licitação da ponte Rio-Niterói teve seis ofertas . "Essa é prova do dinamismo e diversificação da economia brasileira", observou.


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