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03 de Novembro de 2016 – 05h14 horas / Portos e Navios

O governo federal deve assinar a renovação de quatro contratos de concessões de portos nos próximos dias, disse o secretário do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Moreira Franco.


Ele não especificou, porém, quais seriam esses portos ou as datas de renovação.


De acordo com a assessoria do ministro, as assinaturas referem-se à renovação das concessões dos terminais de contêineres de Salvador e de fertilizantes de Paranaguá, mais a entrega de duas áreas recentemente arrendadas no porto de Santos (um terminal de fibra e um de grãos).


O governo também conta com o lançamento dos editais de leilão de aeroportos para este ano, disse Franco, sem novamente entrar em detalhes.


O pacote de concessões, batizado de Crescer, prevê o leilão dos aeroportos de Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Florianópolis.


Questionado sobre a possibilidade de concessão dos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, já aventada pelo presidente Michel Temer, Moreira Franco foi evasivo. Ele disse apenas que o plano está sendo avaliado pelo Ministério dos Transportes.


Em evento para uma plateia de empresários em São Paulo, o secretário do PPI voltou a criticar o modelo de concessões do governo Dilma Rousseff por ser "ideológico" e "publicitário", e a defender o pacote lançado em setembro por Michel Temer como o melhor motor para a geração de empregos no curto prazo.


O sucesso desse plano, porém, depende da atração de investidores —sobretudo de empresas brasileiras de médio porte e de estrangeiras, uma vez que as maiores empreiteiras nacionais estão envolvidas na Operação Lava Jato e enfrentando problemas de caixa.


Por isso, o governo trabalha com a formação de consórcios de empresas menores e na classificação dos projetos por ordem de complexidade, para que os mais simples possam ser tocados por empreiteiras de menor porte, disse Moreira Franco.


Outro desafio para o governo, a atração de capital externo foi pouco abordada pelo secretário do PPI. O risco cambial, com grandes oscilações do valor do real em relação ao dólar nos últimos meses, preocupa investidores externos que podem perder dinheiro, a depender dessa variação.

 

Questionado sobre como o governo está contornando esse problema, Moreira Franco disse que há uma preocupação com o tema, mas ainda não foi encontrada uma solução.

 

Segundo ele, o problema tem sido "reiteradamente levantado", mas que "é só um risco". "Ele jamais vai perder essa característica de risco", afirmou.


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