Fluxo em rodovias com pedágio cai 0,9% em março
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11 de Abril de 2008 – 10h00 horas / Agência Estado
O fluxo de veículos nas rodovias com cobrança de pedágio no País diminuiu 0,9% em março, na comparação com fevereiro, já considerando ajustes sazonais. Na comparação com março de 2007, houve aumento de 8,4%. Os dados fazem parte do Índice ABCR de Atividade, que é produzido mensalmente pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.
De acordo com o levantamento, o recuo em março em relação a fevereiro foi puxada pelo movimento de veículos pesados nas estradas, que diminuiu 0,7% no período, enquanto o de veículos leves manteve-se estável. Quanto ao resultado comparado com março de 2007, o estudo registrou aumento de 11,9% do fluxo de veículos leves e de 0,9% no de pesados.
A ABCR explica que o movimento de veículos nas rodovias está diretamente ligado à atividade econômica. O fluxo de veículos pesados tem alta correlação com a produção industrial e agrícola. Se o nível de produção na indústria ou no campo varia positiva ou negativamente, a conseqüência é logo percebida nas estradas, com o aumento ou a diminuição do tráfego de caminhões. Já o fluxo de veículos leves tem relação com o fator renda. A lógica é semelhante: maior ou menor movimento de automóveis é sinal de crescimento, queda ou mesmo estabilidade do nível de renda.
Na avaliação do economista da Tendências Consultoria Integrada Juan Jensen, a queda do movimento nas rodovias em março, na comparação a fevereiro, foi ocasionada pelas restrições nas atividades de exportação e importação dos postos aduaneiros. “A morosidade no desembaraço das mercadorias em portos e aeroportos se reflete diretamente no movimento das estradas, pois os veículos de carga ficam retidos nas aduanas, o que gera um efeito redutor do trânsito nas vias“, explicou.
Segundo ele, o resultado não representa um rompimento na tendência de crescimento da economia verificada nos últimos levantamentos, prova disso é que, no acumulado de 12 meses até março, o aumento do movimento nas estradas concedidas foi de 7,1%, com os veículos leves chegando a 7,6% e os pesados, a 6,0%. “A conjuntura permanece favorável, com manutenção do nível de crédito na economia e geração de renda e emprego, sinalizando a continuidade do crescimento econômico“, comentou Jensen.

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