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19 de Dezembro de 2016 – 04h29 horas / Cruzeiro do Sul

Após muitos anos de espera, o governo do Estado de São Paulo executou as obras de recuperação e asfaltamento do ramal 103 da SP-79, trecho denominado "Dr. Miguel Affonso Ferreira de Castilho", que liga Votorantim ao acesso para o município de Piedade, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Realizadas as obras no trecho de pouco mais de dois quilômetros de extensão, agora as preocupações dos usuários da estrada são quanto à qualidade do asfalto e ao excesso de velocidade dos veículos.

 

Enquanto no período em que o ramal era esburacado os motoristas não conseguiam andar a mais de 25 quilômetros por hora, agora as velocidades ultrapassam os 80 quilômetros por hora no trecho que é de mão dupla. A qualidade da obra também preocupa porque o local é passagem de caminhões e carretas que transportam cargas pesadas, o que inclui cimento de uma fábrica do Grupo Votorantim.

 

Sobre essas questões, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado esclareceu, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, que executou a obra para garantir mais segurança aos usuários que utilizam o trecho. E acrescentou que o DER continuará monitorando a qualidade da via, especialmente com o tráfego intenso de caminhões no local. Também foi implantada sinalização horizontal no local. "Quanto a dispositivos para redução de velocidade, o DER irá analisar a viabilidade de implantação", informou a Secretaria.

 

Usuários aprovam

 

Apesar dessas preocupações, os usuários apoiaram as novas condições da estrada. O meio oficial mecânico Milton Cândido Bueno, 49 anos, mora em Votorantim, tem um terreno em Piedade e dois veículos, um automóvel e uma moto. Ao trafegar entre as duas cidades, devido aos buracos, ele preferia usar a moto para poupar o automóvel dos danos causados pelas antigas condições do trecho. Viu três acidentes no ramal, um dos quais com consequências graves.

 

O mecânico metalúrgico Nivaldo Saturnino, 39 anos, foi direto ao passar na última quarta-feira pelo trecho com as obras executadas: "Ótimo". E o caminhoneiro Benedito Domingues de Almeida, 49 anos, recordou as condições de tráfego anteriores: "Dava nojo antes. A rodovia não prestava, quebrava o caminhão da gente." Disse que, nos dias de chuva, o risco de acidentes aumentava. Recordou que, no meio do trecho houve um acidente grave: "Um motociclista caiu debaixo de um caminhão de nove eixos." E, nas condições atuais, advertiu sobre a velocidade: "O pessoal (motoristas) estão abusando. Outro caminhoneiro, Arnaldo da Silva Santos, 30 anos, confirmou as impressões do colega Benedito.


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