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11 de Março de 2016 – 02h53 horas / FecomercioSP

Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE, apontam que no varejo restrito houve aceleração da queda interanual do volume de vendas, que passou de -7,2% em dezembro para -10,3% em janeiro, enquanto no varejo ampliado (que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção) o recuo passou de -11% para -13,3%. As vendas de combustíveis e lubrificantes, móveis e eletrodomésticos e materiais de construção registraram as maiores contrações interanuais da história dos indicadores.

 

A FecomercioSP destaca que essas foram as maiores quedas para o mês de janeiro da série – tanto no varejo ampliado quanto no restrito – e que os resultados são explicados pela inflação elevada e pelo aumento do desemprego. No caso dos bens semiduráveis e não duráveis, juros altos, escassez de crédito e conservadorismo dos consumidores agravaram o cenário.

 

Essa é a primeira baixa para o mês do varejo restrito desde 2003 e a segunda maior retração mensal da série, atrás apenas de março de 2003, quando o recuo foi de 11,4%.

 

Setores
A pesquisa mostra que três segmentos tiveram a maior queda interanual da história em janeiro de 2016 na comparação com mesmo mês do ano anterior: combustíveis e lubrificantes, com encolhimento de 14,1%; móveis e eletrodomésticos, com 24,3%; e material de construção, com 18,5%.

 

Na categoria supermercados, houve a maior retração das vendas para o mês desde o início da série histórica, com queda de 5,7% na mesma comparação.

 

Já o setor de vestuário, tecidos e calçados revelou tombo de 13,8% em janeiro de 2016 na comparação com janeiro de 2015. Foi a maior retração das vendas para o mês desde o início da série histórica – e a segunda maior de todo o período monitorado, ficando atrás apenas de novembro de 2015, quando registrou -15,6%.

 

O setor de artigos farmacêuticos e perfumaria apresentou a primeira baixa nas vendas no mês de janeiro desde o início da série histórica. É apenas o terceiro mês, desde o início das medições, em que o segmento aponta encolhimento das vendas.

 

Com recuo expressivo de 18,9% em janeiro de 2016 ante janeiro de 2015, as vendas de veículos e motos, partes e peças registraram a 23ª contração consecutiva na base de comparação.

 


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