Brasileiro já pagou mais de R$ 600 bilhões de impostos no ano
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29 de Abril de 2015 – 05h13 horas / ACSP

Pouco depois das 13h do dia 24 de abril, o volume de impostos pagos pelos brasileiros alcançou a casa dos R$ 600 bilhões e quebrou um novo recorde de arrecadação no país. Os dados foram apurados pelo Impostômetro – ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo – ACSP para calcular a arrecadação de tributos.

Mesmo com a economia trabalhando em um ritmo mais lento do que no ano passado, em 2015 foram necessários 12 dias a menos para atingir a marca que no ano anterior só foi alcançada no dia 6 de maio. A comparação desse período com a mesma data em 2014 mostra que a arrecadação de tributos este ano está 17,6% maior.

Localizado no centro da cidade de São Paulo, o Impostômetro calcula o valor pago em impostos, taxas e contribuições por todos os brasileiros desde o primeiro dia do ano para a União, Estados e Municípios.

Até o momento, o valor médio de impostos pagos por cada brasileiro neste ano é de cerca de R$ 1,2 mil. A expectativa da ACSP é que a arrecadação de impostos no Brasil em 2015 se aproxime de R$ 2 trilhões.

Ao mesmo tempo que a arrecadação não para de aumentar, uma pesquisa divulgada recentemente pela Tax Justice Network – organização internacional independente com base em Londres, que analisa e divulga dados sobre movimentação de impostos – mostrou que o Brasil é o país com a segunda maior evasão fiscal do mundo, perdendo apenas para os EUA.

Os dados analisados pela instituição referem-se a 2011 e mostram que o Brasil teria perdido naquele ano US$ 280 bilhões com a evasão fiscal, dado que inclui ainda perdas com a economia informal.

“Isso mostra que o Estado brasileiro, apesar de cobrar muito, cobra mal, acarretando um sobrepeso nas costas do contribuinte que cumpre regularmente suas obrigações”, diz Fernanda Souza, gerente comercial da Easy-Way do Brasil, maior desenvolvedora de sistemas tributários, fiscais e contábeis do país.

Para Fernanda esse contraste só reforça a necessidade das empresas adotarem programas de qualidade total em seus departamentos tributários. “Os encargos já são suficientemente pesados, as companhias não podem de forma alguma ter perdas com pagamentos errados, retrabalho no preenchimento e entrega de obrigações e, principalmente, autuações por erros e inconsistências, sob pena de perderem competitividade diante de concorrentes que façam esses processos de forma mais eficiente”.


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