BC vê melhora na economia, mas ainda não vê espaço para baixar juros
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27 de Julho de 2016 – 04h39 horas / O Estado de São Paulo

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na última terça-feira (26), informou que todos os membros do colegiado "reconheceram progressos em relação às perspectivas de desinflação da economia brasileira". No entanto, eles "demonstraram preocupação com medidas de expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus acima da meta para 2017". Essa é a primeira ata divulgada após um encontro do Copom sob a presidência de Ilan Goldfajn no Banco Central.

 

No documento, assim como constou no comunicado após a decisão do Copom na semana passada de manter a Selic em 14,25% ao ano, o BC deixa claro que ainda não há espaço para cortar a taxa básica de juros da economia. O colegiado conclui que, "tomados em conjunto, o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária".

 

Projeções. A ata também informou que a projeção de inflação da instituição para 2016 está em 6,75% tanto no cenário de referência quanto no de mercado. "O cenário básico do Comitê contempla desinflação na economia brasileira nos próximos anos", trouxe o documento. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho a previsão era de 6,9% no cenário de referência e de 7,0% no de mercado. No novo formato do comunicado do Copom, o colegiado deu detalhes sobre a taxa prevista para 2017, mas não havia mencionado a deste ano em nenhum momento.

 

A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e está em 4,5% para 2016, 2017 e 2018. Em 2017, a margem de tolerância será reduzida dos atuais 2 pontos porcentuais (pp) para cima ou para baixo para 1,5 pp – intervalo que se manterá em 2018.


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